...e toda a gente pensa nos desfavorecidos, gostaria que pensassem um pouco nestas pessoas:
http://fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/
somos cerca de 900 mil pessoas em Portugal (números estimados) a trabalhar precáriamente e a viver sem qualquer estabilidade profissional, consequentemente, vivemos diariamente como se estivessemos na "corda bamba";
temos honorários definidos á hora mas, só nos pagam no final do mês, quando não é a meio do mês ou no mês seguinte, também já recebi ao fim de 3 e 4 meses de trabalho;
cumprimos horários de trabalho e, se não os cumprirmos, deitam-nos fora como qualquer coisa descartavel;
nunca estamos doentes, porque se por um infeliz acaso tivermos a ousadia de adoecer e essa doença nos impedir de trabalhar, não recebemos nem temos direito a subsidio de doença (sim, podem vir falar da treta dos descontos da segurança social mas, pagar o mínimo que são 159€ por mês já é difícil, por isso, pagar mais para ter direito ao subsidio de doença que demora 2 meses a chegar é uma treta porque as contas chegam todos os meses);
e ter filhos é a loucura, porque uma mulher que trabalhe a recibos verdes não tem direito a baixa quando está no fim da gravidez, nem tem direito ao subsidio de maternidade porque para isso aplica-se o referido anteriormente;
temos umas férias maravilhosas em que não recebemos um tostão, porque não trabalhamos e não temos direito ao subsidio de férias;
VIVA O NATAL!!!só para quem recebe subsidio, porque para nós é uma luta ter que incluir no orçamento mensal absolutamente normal as prendas para a família e amigos;
em suma, quando os comuns mortais recebem 14 meses de ordenado, nós recebemos 10 ou 11 com alguma sorte, além disso temos que fazer a retenção de 20% para o IRS, mais 20% para o IVA, mais 159€ mensais para a Seg. Social, ou seja, no final de cada mês o Sr Estado leva cerca de metade, sim, 50% dos nossos vencimentos;
o lado bom da coisa?!?!?!
faço o que gosto e sei fazer muito bem!
by watergirl
1 comentário:
E há por aí uns contratadores agiotas que afirmam que as leis laborais portuguesas são muito rígidas, que deveriam ser (ainda, acrescento eu) mais flexíveis!
Países assim têm sempre um grande futuro.
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